domingo, 22 de setembro de 2013

Anos 70

1974 - Camisa usada pelo Valdomiro Vaz Franco.O craque que voava em campo foi descoberto por outro grande craque: Tesourinha. Contratado junto ao Comerciário, de Criciúma, Valdomiro foi muito criticado no início pela imprensa e torcida, entrava em campo e era vaiado até no aquecimento. Porém o incansável aprendiz demonstrou toda sua vontade e dedicação, virando o jogo e assinando seu nome na história dos maiores craques do Internacional.

Ponta-direita, Valdomiro chegou ao Inter em 1968. Era veloz, dono de um potente chute, cruzava com efeito, além de ser dedicado na marcação. Começou a se tornar símbolo de uma era de vitórias em 1969, quando teve um gol incorretamente anulado na decisão do Gauchão. Exímio cobrador de escanteios, era praticamente mortal nas cobranças de falta.

E foi assim, na bola parada, que Valdomiro participou ativamente do gol do título do Brasileiro de 1975, quando cruzou na medida para o capitão Elias Figueroa fazer 1 a 0 sobre o Cruzeiro. No ano seguinte, mais uma vez Valdomiro bateu falta, com bola batendo no travessão e caprichosamente bateu atrás da linha do gol, 2 a 0 no Corinthians e Internacional bicampeão brasileiro. Valdomiro seria o único jogador octacampeão gaúcho, um feito jamais igualado no futebol do Rio Grande do Sul.

Pela Seleção Brasileira, Valdomiro foi titular na Copa da Alemanha Ocidental em 1974, quando marcou um gol contra o Zaire que salvou o Brasil de uma vexatória eliminação ainda na primeira fase. Após encerrar a carreira, Valdomiro ganhou uma placa no estádio, como atleta-símbolo do vitorioso período da década de 1970. Embora não exista uma estatística oficial, ele é o jogador com maior número de partidas pelo clube, mais de 800 jogos em 14 anos no Internacional.




1975 - Camisa usada pelo Paulo César Carpegiani nas semifinais contra o Fluminense no Rio , ganhamos de 2x0 ele fez o segundo gol da partida, do dia 07/12/1975, essa camisa ta meio estorada pq o cara usava ela pra jogar bola na rua, e o pai dele ganhou essa camisa pq ele foi atropelado pelo empresário do Carpegiani e no hospital ele deu a camisa pra ele.





1976-Terres- Essa camisa foi usada pelo Lula em 15/08/1976 no jogo Inter x Caxias pela 3ª fase do gauchão, o jogo terminou 1 x 0 e o Lula fez o único gol da partida.





1976 - Camisa usada por Elias Ricardo Figueroa Brander em 1976."A área é a minha casa, aqui só entra quem eu quero." Esse era o lema de don Elias Ricardo Figueroa Brander, o zagueiro-central chileno Figueroa, que no início dos anos 70 dividiu com Falcão a condição de maior ídolo do Internacional. No dia 14 de novembro de 1971, Figueroa desembarcou em Porto Alegre, comprado do Peñarol, do Uruguai (clube que defendeu nos primeiros quatro anos de sua carreira). Era uma espécie de resposta da diretoria colorada ao Grêmio, que pouco antes trouxera também um estrangeiro, o zagueiro uruguaio Ancheta, do Nacional, do Uruguai, um dos destaques de sua Seleção na Copa de 1970. Mas no Inter, Figueroa seria muito mais do que Ancheta foi no Grêmio. Com 1m84cm de altura, Figueroa era elegante, técnico e raçudo.

Um zagueiro-central quase perfeito, que também sabia fazer dos cotovelos uma arma contra aqueles que ousavam invadir "sua casa", como Palhinha e Tarcísio acabariam conhecendo ao longo dos anos. Figueroa era um jogador espetacular, sendo eleito o melhor jogador do Brasileiro de 1975. Pelo Chile, disputou as Copas do Mundo de 1966, na Inglaterra, 1974, na Alemanha, e 1982, na Espanha, sendo eleito o melhor zagueiro da Copa de 74.

Além de um grande atleta, Figueroa era um jogador diferenciado. Presença constante nas colunas sociais de Porto Alegre ao lado da bela esposa Marcela, ficou famoso pelo bom gosto por vinhos e pela literatura. Mas era no campo, com sua impressionante impulsão e seu domínio absoluto do posicionamento em campo, que Figueroa se tornou uma presença mítica, quase um Deus para os colorados. 

No Internacional, foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e hexacampeão gaúcho (de 1971 a 1976). Foi dele o gol que deu a vitória por 1 x 0 sobre o Cruzeiro, na final do Brasileiro de 1975, que valeu ao Inter seu primeiro título nacional. Marcado de cabeça, na única faixa ensolarada sobre o gramado do Beira-Rio naquela tarde, e, por isso, batizado de "Gol iluminado". 

Capitão da equipe desde o primeiro jogo e apontado pela crônica especializada como o melhor jogador do continente por três anos consecutivos (1974, 1975 e 1976), Figueroa jogou sua última partida pelo Internacional em janeiro de 1977, sob as vaias da torcida inconformada com sua saída iminente. Depois, foi para o Palestino, do Chile, e encerrou a carreira no Fort Lauderdale, dos Estados Unidos.




1977-Terres- Camisa usada na libertadores de 1977 por jogador desconhecido, que nós chegamos até as semifinais, o que me chama atenção é a gola de padre e o número tridimensional.




1977 - Camisa usada pelo Claúdio Roberto Pires Duarte.Um líder dentro e fora de campo. Este é Cláudio Roberto Pires Duarte, ou simplesmente Claudião, como é conhecido. Lateral-direito de boa técnica e muita dedicação dentro das quatro linhas, atuou em uma das décadas mais vitoriosas da história do Internacional. Durante sua carreira como jogador, Cláudio atuou apenas com a camiseta colorada. Oriundo das categorias de base do Clube, logo que subiu aos profissionais, em 1969, conquistou o título gaúcho daquele ano. A partir daí as conquistas não pararam mais. Até o fim de sua carreira, venceu títulos em todas as temporadas que atuou.

O grande de time da década de 70 que teve seu auge no bicampeonato brasileiro de 1975 e 1976 começou a ser formado por Daltro Menezes aproveitando os jovens surgidos na base. Em 1969, os juniores do Inter haviam sido campeões gaúchos com uma campanha excelente. Daltro utilizou muitos destes jovens talentos para formar o grupo que seria multicampeão posteriormente. Neste grupo estavam Flavio, Escurinho, Jangada, Luiz Carlos, Paulo Cesar Carpegiani e o próprio Claudião “Foi muito bom participar desta equipe. Era um time formidável. Tive a oportunidade de jogar em todas as conquistas do Octa Gaúcho” comemora.

Porém uma série de lesões no joelho abreviou a carreira do bom lateral direito. Os problemas ocorreram justamente no auge de sua forma física e técnica. “Era capitão do time, presidente do primeiro sindicato dos atletas profissionais do Rio Grande do Sul, estava muito bem naquele ano. E também estava praticamente convocado para a Seleção que iria disputar a Copa do Mundo de 1978 na Argentina”, relembra. No final do ano de 1977, às vésperas da convocação para a Seleção, após duas cirurgias no joelho o departamento médico do Inter anunciou que Cláudio não teria mais chances de seguir no futebol.






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